Muitos acham infantil, outros desvalorizam, mas a verdade é que ainda não conversei com alguém que leu esse mangá e achou ruim. Konjiki no Gash, um mangá que já falei sobre uma vez, agora no quarto Resenha + Fanart do Puff no Piripaf.
Publicado na Shonen Sunday de 2001 à 2007 por Makoto Raiku e com duração de 33 volumes, Konjiki no Gash é um shonen muito acima da média. Começo dizendo isso já pra eliminar preconceitos que são construídos seja pelo traço do mangá ou pela sua premissa.
A história se inicia com Kiyomaro Takamine, estudante gênio que é surpreendido pela chegada de Gash, um garoto que perdeu a memória e não sabe quem é direito, apenas possui um livro vermelho com linguagem desconhecida consigo. Ele veio da Inglaterra a pedido do pai de Kiyomaro, com a missão de o ajudar a melhorar como pessoa, pois por ser muito inteligente ele se isola e age arrogantemente com os outros, se sentindo superior. Essa parte inicial da "conversão" de Kiyomaro já é marcante e faz o leitor gostar dos personagens rapidamente (coisa que acho estar demorando pra acontecer em mangás shonen mais atuais).
A história se inicia com Kiyomaro Takamine, estudante gênio que é surpreendido pela chegada de Gash, um garoto que perdeu a memória e não sabe quem é direito, apenas possui um livro vermelho com linguagem desconhecida consigo. Ele veio da Inglaterra a pedido do pai de Kiyomaro, com a missão de o ajudar a melhorar como pessoa, pois por ser muito inteligente ele se isola e age arrogantemente com os outros, se sentindo superior. Essa parte inicial da "conversão" de Kiyomaro já é marcante e faz o leitor gostar dos personagens rapidamente (coisa que acho estar demorando pra acontecer em mangás shonen mais atuais).
Kiyomaro é contaminado por Gash e descobre que o livro vermelho possui o poder de invocar magias para o garoto usar. Com isso o mistério sobre Gash aumenta e só é esclarecido quando a dupla se encontra com Brago e Sherry, que explicam a eles que Gash é na verdade um demônio que foi enviado para a terra junto com outras 99 crianças demônio para decidir em uma batalha que ocorre a cada mil anos quem será o próximo rei de seu mundo. Para conquistar esse objetivo é necessário destruir os livros das outras crianças, que quando queimados fazem com que eles sejam enviados de volta ao mundo dos demônios.
Inicialmente Gash se sente perdido e não tem nenhum objetivo, mas ao ver a tristeza e o sofrimento gerados pela batalha milenar ele decide se tornar um rei bondoso, para que nada disso possa acontecer novamente. Aí que a história vai se desenvolvendo junto com o crescimento da dupla de protagonistas e a aparição de vários personagens marcantes.
Por que ler Gash? Isso vai depender do tipo de leitor que você é. Eu gosto de vários tipos de quadrinhos, sejam eles simples, inteligentes, alternativos ou intensos. Não qualifico um como melhor que o outro, mas esse último é um dos que mais me agrada. Tools é um mangá assim, e a verdade é que muita gente por aí prefere colocar vários deles na caixa "battle shonen" e ainda tem a cara de pau de sair falando isso. De forma mais simples: existem muitos mangás com a mesma proposta, mas mangás que tem intensidade e impacto são poucos. As batalhas estão para o shonen assim como o problema familiar está para um mangá adulto, a questão é só se é trabalhado direito ou não. E tem muita gente com tara por esses psicológicos que nem percebe quando é muito mal feito e forçado mas não pensa duas vezes em qualificar mal shonens.
Depois dessa explicação eu digo: Gash é intenso e forte de uma forma que poucos mangás conseguem ser. Talvez pela inocência bem trabalhada nas crianças demônio, seus encontros com a realidade, ou mesmo pela determinação bem gravada neles. As lutas são muito bem feitas e servem como belo apoio para o autor mostrar a personalidade dos personagens.
Além disso, vale ressaltar a comédia do mangá. Ponto altíssimo da obra, um humor non sense do melhor estilo, e esse é bem o tipo de humor que gosto. A obra vem alternando momentos sérios e capítulos totalmente de comédia pra manter o clima leve.
Um aspecto negativo é que as vezes as sagas se estendem muito nas fases preliminares, o que as tornam muito grandes cansando um pouco a leitura, além disso, o desenvolvimento abaixo da média do romance de Kiyomaro/Suzume impede o mangá de ser perfeito. Mas são detalhes pequenos em comparação à obra toda, que tem um dos melhores finais enter os mangás que já li (chorei lendo, e olha que só chorei duas vezes lendo HQs). Só pelo final já vale a pena.
Resumindo, pra quem gosta de comédia e intensidade bem trabalhada em um mangá, Gash é super recomendado. Pra quem coloca tudo na caixa que citei acima, passe longe.
Obs: A versão animada é muito boa, infelizmente não tem a última parte, que tem metade dos momentos mais emocionantes.
Nota: 9,5 (sem um único pingo de poder da nostalgia)
Depois dessa explicação eu digo: Gash é intenso e forte de uma forma que poucos mangás conseguem ser. Talvez pela inocência bem trabalhada nas crianças demônio, seus encontros com a realidade, ou mesmo pela determinação bem gravada neles. As lutas são muito bem feitas e servem como belo apoio para o autor mostrar a personalidade dos personagens.
Além disso, vale ressaltar a comédia do mangá. Ponto altíssimo da obra, um humor non sense do melhor estilo, e esse é bem o tipo de humor que gosto. A obra vem alternando momentos sérios e capítulos totalmente de comédia pra manter o clima leve.
Um aspecto negativo é que as vezes as sagas se estendem muito nas fases preliminares, o que as tornam muito grandes cansando um pouco a leitura, além disso, o desenvolvimento abaixo da média do romance de Kiyomaro/Suzume impede o mangá de ser perfeito. Mas são detalhes pequenos em comparação à obra toda, que tem um dos melhores finais enter os mangás que já li (chorei lendo, e olha que só chorei duas vezes lendo HQs). Só pelo final já vale a pena.
Resumindo, pra quem gosta de comédia e intensidade bem trabalhada em um mangá, Gash é super recomendado. Pra quem coloca tudo na caixa que citei acima, passe longe.
Obs: A versão animada é muito boa, infelizmente não tem a última parte, que tem metade dos momentos mais emocionantes.
Nota: 9,5 (sem um único pingo de poder da nostalgia)
Hora da sessão spoiler! A mais legal de fazer, pra galera que já leu o mangá todo, mas se você não leu por favor não olhe! Depois vai ficar falando que o mangá não é bom mas já sabia tudo de emocionante que iria acontecer. Temos Aqui os 10 melhores momentos de Konjiki no Gash! Detalhe: com um mangá extremamente emocionante como esse fica difícil escolher quais as melhores partes, antes dessa peneirada final escolhi mais de 20 momentos, mas creio que esses foram os que mais me marcaram. Aí estão:
#10 - Eu desafio você a zombar do meu amigo mais uma vez! (Level 1): Um dos motivos que faz de Gash um bom mangá é que ele já começa bem. O primeiro capítulo tem uma boa apresentação dos personagens, é convincente e mostra Kiyomaro em uma situação antes desconhecida por ele. Aceito e defendido por um menino desconhecido que ele havia desprezado desde que o conheceu. Aí já vemos que o mangá é forte. Um dos meus primeiros capítulos favoritos.
#09 - Estou muito feliz por você ser minha parceira (Level 321): As despedidas entre as duplas são as partes mais emocionantes do mangá. Essa penúltima, entre Brago e Sherry é especial. Brago tem o papel de maior rival de Gash durante o mangá, e no fim a decisão da batalha fica entre eles. Por ser muito forte, Brago considera por muito tempo Sherry como um peso, e na última cena ele admite toda a importância que ela teve em sua trajetória. Os sentimentos também são muito bem colocados nessa cena, e depois de acompanhar toda a história é impossível não se emocionar.
#08 - Eu espero que essa felicidade dure para sempre (Level 104): Como comentei acima, um ponto forte do mangá é a inocência das crianças demônio, e em especial a do Gash, por ser um menino sem memória. Essa parte bem singela é a abertura de um dos 3 grandes arcos do mangá, a saga dos demônios milenares (que diga-se de passagem tem um ótimo vilão). Foi importante o autor colocar essa cena, mostrando como Gash gosta de paz e é inocente, e logo depois no final do mesmo capítulo acontece a chegada dos primeiros vilões da saga, que vão interromper a felicidade que ele desejou tão simples e honestamente.
#07 - Eu sempre fui um hipopótamo, você acha realmente que eu era chato? (Level 300): Folgore e Kyanchome são responsáveis por grande parte dos momentos cômicos do mangá. Mesmo assim são muito importantes e uns dos últimos a saírem da batalha. Kyanchome iludido pela força que adquire no fim da história (um dos mais fortes de todos) fica descontrolado e Folgore o ensina que a força não é tudo.
#06 - Um coração feliz é mais importante do que ser rei (Level 311): Em Gash, Makoto Raiku faz com que coisas que normalmente seriam ridículas de se falar e um pouco vergonhosas se transformem em momentos emocionantes e você se esqueça da tosquisse. Simplesmente por ele trabalhar todos os personagens, suas características e ligações antes de fazer essas cenas. Pra começar, fazer alguém se emocionar com um personagem que só fala "meru mei" é de tirar o chapéu. Na despedida de Umagon tem uma bela lição sobre humildade e a importância de estar bem fazendo o que acha certo.
#05 - Porque eu sou... a sua mãe (Level 297): Papipurio e Ruupa são é a dupla mais inusitada da história. Incrível como o autor consegue fazer algo sério com dois personagens tão zuados. E parece que nesse caso isso colaborou pra despedida deles ser melhor. Dois personagens aparentemente fracos e medrosos lutando com tanta força quando o que dão valor está em jogo.
#04 - O meu rei é o professor charada (136): Sinto que esse é o post que menos estou conseguindo transmitir o tanto que os momentos selecionados são bons. Gash é realmente puro sentimento, e só da pra entender lendo. A despedida do Professor Charada com Kid é uma das minhas favoritas. Acho que pelo fato de Kid ser a criança que mais admirava seu parceiro. Nessa cena ele mostra o tamanho da sua admiração, que é tamanha que acho que nunca vi parecida também, só lendo mesmo pra entender.
#03 - Nós somos amigos! (Level 10): Bem no começo do mangá, quando ainda estamos consolidando o gosto pela dupla, ela passa por uma situação extrema. Gash descobre que é diferente e que é um menino demônio. Isso o abala completamente e o deixa sensível. Uma pequena discussão com seu parceiro faz ele pensar que é odiado e que não é bem vindo. É quando Cherry e Brago vão até a casa de Kiyo para queimar seu livro. A luta dos dois, a vitória de Kiyomaro contra o poder gravitacional e a força de vontade mostradas são demais. Por fim, Gash chorando é tocado pelas palavras de Kiyo, que pela primeira vez os declara amigos.
#02 - O Won Lei nos protegeu (Level 223): Won Lei nunca foi um dos meus personagens favoritos. Na verdade, é um dos mais manjados. Mesmo assim, essa cena dele consegue ficar na segunda posição no mangá em minha opinião. Nessa luta Won Lei é eliminado da batalha. Ele e Lee Yen estavam separados por uma parede e mesmo assim ele enfrenta um adversário muito mais poderoso que ele para protege-la. O simbolismo da parede no formato dele que é revelado na virada de página mostrando que ele tinha realmente um coração protetor é tocante.
#01 - Chegou a hora... (Level 322): UAU! Como descrever uma cena dessas? Com certeza uma das minhas favoritas de todos os tempos em mangás. O sentimento passado nela é grande demais, forte demais. O autor fez questão de nos marcar durante toda a saga com uma dupla inusitada. Um que se achava demais, e praticamente não tinha sentimentos, e o outro uma criança inocente, que apesar das batalhas continua com um coração puro. A despedida dos dois ocorre por Gash ter vencido a batalha milenar e ter que ir para o seu reino novamente. Os personagens cresceram tanto um com o outro que não conseguem se segurar quando a ficha de que nunca mais se verão cai. As expressões faciais também estão impecáveis. Lindo final!
Extras
Como dito antes, o mangá é muito engraçado, e em vários momentos ela toma conta dos capítulos. Como eram muitos momentos emocionantes separei dois pontos super engraçados da série como extras:
Olhe para o Boing (Level 176): Cena bizarra, com uma das personagens mais bizarras do mangá. Big Boing é uma das integrantes dos liga dos 12 Majestosos do Professor Charada. São vários personagens um mais doente que o outro (e sem uma importância fundamental para a história). Essa deve ser uma crítica a fanservice exagerado em mangás (ou não). Mas é uma cena realmente engraçada em que ela começa a dançar do nada uma dança idiota com uma música sobre seios. "Eu estou bem, porque tenho o Boing".
Momom, o demônio safado (Level 185):
Essa última cena já diz tudo, e acho que o autor gastar duas páginas com quadros destacados só pra isso foi simplesmente demais. Ótimo quadrinista esse Raiku.
É isso, espero que tenham gostado, comentem suas sensações ao ler o mangá e a crítica. Até a próxima, post especial!
sem dúvidas um grande título ...
ResponderExcluirsou suspeito pra falar pq acho muito foda ...
resenha bem feitinha tbm
curti demais
abrass mulek !
Simplesmente incrível cara, eu sou suspeito pra falar de Gash por que é um dos meus mangás favoritos mas o post ficou muito bom,das dez cenas que você destacou acho que a 9 resumiu praticamente inúmeros momentos durante o mangá, os mais emocionantes com toda certeza era a despedida entre as duplas,eu ainda me arrepio lembrando da despedida daquela primeira garotinha quando o gash cai na real e percebe que essa batalha é cruel e que ele tem que mudar isso.Aliás 10 momentos são muito poucos você deve ter sofrido pra não colocar a despedida daquele demônio poderosão azul(não lembro o nome XD) do qual eu sempre quis ver uma revanche com o gash,ou a do irmão do Gash que é pra mim o melhor vilão do mangá.Konjiki no Gash é incrível pelo fato do autor conseguir fazer você se importar com cada dupla que aparece,em poucas páginas de flash back do passado dos personagens você começa a entender os objetivos e a personalidade do mesmo,tanto que uma das últimas páginas do mangá em que mostra todos os donos de livros recebendo a carta,pra mim, não é um presente pra eles e sim pros leitores matarem a saudade antes do final.
ResponderExcluirAntes desse texto ficar mais enorme do que já eé pela minha fanboyzisse só destacar uma coisa pra comédia que marcou o mangá inteiro.A boca de lata e a personagem mais poderosa do mangá, A Naomi.Quem viu a capa do último vol viu por que ela atazanava tanto o gash hausha
Flw ae cara e sucesso desculpe pelo texto t+ o/
Nossa, é verdade! A Naomi é realmente muito engraçada! Meu avatar no msn é ela =)
ExcluirMaaaax, muito bonitinho o mangá, deu até vontade de ler.
ResponderExcluirSepara que eu pego emprestado nas férias (se vc concordar, claro!)
Falando em ver coisas, consegui os animes do Death Note \o/ estou vendo, mas depois quero ler.
=*
Death note ta até hoje com o Fabim (Pablim) até hoje acredita?
ExcluirJá o Gash infelizmente não lançou no Brasil =/. Li tudo por scans com o e-reader. É triste porque é dificil levar uma leitura no pc pra frente, mas vale muito a pena
Tem links, essas coisas? HAHAHAHA sou noob mesmo.
ExcluirSe tiver me manda, é uma boa opção pra matar tempo no pc (do estágio principalmente) :D
Vou mandar um recado pro Fabim desocupar logo!!!! =*
aqui!
Excluirhttp://www.chrono.com.br/download/27.html
Max
Obrigadaaaaaa!
ResponderExcluirgostei! ^^
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