05/03/2012

Resenha + Fanart #02 - Buso Renkin

 Buenas! Gostei tanto de fazer o post sobre Slam Dunk que já está aqui a segunda edição do Resenha + Fanart, mas desta vez de um mangá muito pior que o primeiro: Buso Renkin. O corriqueiro desta coluna será eu cuspindo elogios para os mangás, afinal, é legal falar do que gosta, mas neste caso será um pouco diferente.
 Que eu seria desenhista acho que é algo inevitável, quadrinista provavelmente também (já que desde antes de saber ler ficava invejando meu irmão lendo gibis). Agora, escolher pela "estética" do mangá, foi algo que aconteceu mais tardiamente, lá pelos meus 12 anos. O grupo de mangakas que me fizeram me apaixonar por essa arte é pequeno, e um deles é Nobuhiro Watsuki.

 Buso Renkin foi a segunda série de Watsuki com algum êxito. Após estrear com o fabuloso Samurai X (Rurouni Kenshin), fez Gun Blaze West, que durou apenas 3 volumes e depois começou Buso Renkin, em 2003. O mangá foi até 2006 e teve 10 volumes, até seu cancelamento.
 A história gira em torno de Kazuki Muto, um estudante comum com grande senso de justiça e de proteção. Ao ver uma garota ser atacada por um monstro (até então desconhecido), Kazuki rapidamente vai socorrê-la, mas fracassa e morre. Como já não é novidade hoje em dia um protagonista morrer no início da série, obviamente o garoto volta a vida com a ajuda de Tokiko Tsumura, a garota que ele tentou salvar.
 A garota usa um objeto chamado Kakugane para substituir o coração de Kazuki, que além de o manter vivo lhe dá o poder alquímico que vem da interação da Kakugane com o usuário, chamado de Buso Renkin. Acontece que o monstro que atacou Tokiko era um Homúnculo (inimigos dos alquimistas, que se alimentam de pessoas), e além disso professor da escola. Por este motivo ele vai atras de Kazuki para dar um fim nele, e é aí que ele desperta seu poder. Esta é a premissa: escola, alquimia e lutas. Abaixo do fanart uma aprofundada no tema:

Fanart colorido e mais abaixo!

 A partir deste acontecimento, Kazuki começa a se envolver com a organização de Guerreiros Alquímicos, que tem como objetivo proteger as Kakuganes e derrotar os Homúnculos, tudo isso por vontade própria, por ter um grande espírito protetor, espírito esse que é muito bem impresso, uma das qualidades da série.
 O primeiro inimigo é Kôshaku Chôno, humano com uma doença grave que quer se tornar homúnculo para poder viver eternamente, e após o primeiro embate com ele o guerreiro líder dos Guerreiros Alquímicos, Capitão Bravo aparece e a história toma rumos maiores.


 A história de Buso Renkin não tem nada demais, mas também nada de muito degradante, na minha opinião. Mas isso é esqueleto, e pode ser o melhor de todos que se não tiver um bom desenvolvimento não adianta nada, e esse mangá peca MUITO nesse aspecto. E se algum ponto este mangá é melhor que Samurai X, é a arte final.
 A arte final e só. Nada Mais. Só o primeiro capítulo da sua obra prima é o bastante pra deixar este no chinelo. As cenas de luta (em que o próprio autor pensava ser sua especialidade e confirma que teve muita dor de cabeça) são infinitamente inferiores as de Samurai X. O design dos personagens, as personalidades, o desenvolvimento da história, e tudo mais, diria que é decepcionante. Até os "free talks", que em Samurai X  são outro ponto forte do mangá, com informações super interessantes e muito engraçados, em Buso Renkin são extremamente chatos e purgantes. Isso mostra como duas obras primas é muito difícil de se fazer, e me faz respeitar ainda mais mangakas que conseguem este êxito.
 Além da arte final, outro ponto positivo do mangá é o final. Watsuki é extremamente carinhoso com suas obras, e se esforçou bastante. Assim como em Samurai X o final é ótimo, e consegue passar um sentimento de nostalgia, bem executado, pontas bem amarradas, e mais do que digno pra uma obra como essa. Além do fim, os volumes finais são bem legais, com boas cenas e algumas emoções.


 Para o fanart peguei o espírito do Kazuki e o coloquei. As cores foram um teste estilo desenho animado, mas ficou mto pior que o preto e branco.
 Concluindo: Buso Renkin é um exemplo em que podemos ver o quanto amarras e restrições de uma revista shonen podem ter um efeito negativo em uma obra. Na verdade, o melhor exemplo que já vi. Cansei de ler obras onde isso nunca foi problema, ou até ajudaram o autor.
  Para alguém que é fã incondicional de Samurai X como eu, recomendo a leitura por carinho e respeito pelo autor, além de que o trabalho é muito caprichado, como todos do autor. Se você não leu Samurai X, passe longe, pois vai ter uma impressão muito errada desse ótimo autor. Agora ele saiu do ramo shonen e está trabalhando em Embalming (na verdade está em hiato), cujo piloto está no último volume de Buso Renkin. Nunca li, mas parece bem legal e espero que o autor se de muito bem sempre.

 Nota: 6,5 (já levando em conta todo meu apreço pelo autor e o up que o mangá ganha no fim).

2 comentários:

  1. ei!!!!coloquei o link do teu blog no meu coloca o meu ai!!!!!se possivel!!!!!hehehe

    ResponderExcluir
  2. Nunca li. O autor é fantástico, deve realmente prestar.

    ResponderExcluir